Afinal, a Sonda da ESA (ExoMars) quebrou ao pousar em Marte?
A ExoMars aterrissou em Marte? Após a manobra que de aterrissagem, a incerteza permanece sobre o destino deste robô experimental. “Nós ainda não somos capazes de determinar as condições (…) em que o veículo tocou o chão”, anunciou quinta-feira de manhã Andrea Accomazzo, chefe de missões da ESA. Serão levantados outros elementos para saber “se ela sobreviveu estruturalmente ou não.”
É Oficial: Sonda Schiaparelli explodiu ao pousar no solo de Marte
“Nós ainda temos esperança de que a ExoMars aterrissou em Marte”, disse nessa quinta-feira um funcionário da ESA. Enquanto não há nenhuma prova de sua morte, astrônomos da Agência Espacial Europeia devem continuar acreditando nele: “Se a sonda tocou o solo em boas condições ou se havia uma pedra ou cratera no caminho, ou apenas um problema com o transmissor de rádio, eu ainda não sei “, admitiu ontem à noite Blancquaert Thierry, diretor da missão ExoMars.
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Sonda da ESA aterrissou com sucesso em Marte?
Embora ainda não se saiba se ExoMars aterrissou em Marte ou não, no caso da segunda possibilidade ser a correta, a hipótese mais provável é que o lander liberou a sonda tarde demais, não dando tempo suficiente para os retro-foguetes reduzirem a velocidade da aterrissagem, que deveria chegar a uma velocidade “entre 4 e 6 km/h» . Outra possibilidade é de que os retro-foguetes pararam de funcionar antes da hora, o que poderia ter travado o dispositivo.
Se se confirmar que Schiaparelli foi perdida, seria a segunda vez que a Agência Espacial Europeia não conseguiu fazer uma aterrissagem suave em Marte. Há 13 anos, a pequena Beagle 2, de produção britânica, pousou em Marte, mas nunca conseguiu emitir sinais. Até agora, apenas os norte-americanos conseguiram pousar no solo de Marte, de forma que preservasse a estrutura do dispositivo.
No vídeo abaixo você pode ver como deveria ser a aterrissagem de ExoMars em Marte
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ESA tem agora duas sondas orbitando Marte
Se ExoMars aterrissou em Marte ou não, de qualquer forma a Agência Espacial Européia tem um feito dessa missão: A sonda TGO (Gas Orbiter Trace) conseguiu entrar perfeitamente na órbita de Marte e começará a trabalhar em 2018. Ela será responsável por “cheirar” a atmosfera marciana para detectar vestígios de gases como o metano, em condição que poderiam indicar a presença de uma forma atual de vida microbiana no planeta.
A sonda TGO também servirá como um relé de comunicações para outras sondas que orbitam Marte. Ela conseguiu capturar dados a partir do desembarque de Schiaparelli, o que prova que ela executa bem essa tarefa, disse o Director Geral da ESA, Jan Woerner. Com Mars Express, lançada há treze anos e que ainda funciona, a Europa tem agora duas sondas orbitando Marte.
Como serão as buscas pela sonda Schiaparelli da ESA?
A sonda MRO (Mars Reconnaissance Orbiter) da Nasa já está à procura da sonda da ESA Schiaparelli.
Na verdade, depois de tentar capturar o sinal do lander da missão ExoMars, a MRO vai tentar fotografá-lo, de acordo com o diretor de operações de voo de missões da ESA, Paolo Ferri. E esta é uma tarefa difícil, pois a área prevista para a aterragem estende-se por 100 km.
Enquanto isso, acrescentou, e com a ajuda de MRO, assim como a de outras sondas em Marte, continuarão a procurar e restabelecer as comunicações com a missão ExoMars, organizada pela ESA e pela agência espacial russa Roscosmos.
“Vamos continuar fazendo as tentativas para estabelecer comunicações “, no entanto, o tempo será limitado: A Missão vai tentar se comunicar com Schiaparelli por mais alguns dias, no mínimo três e no máximo de oito a dez dias, mas “mais cedo ou mais tarde, as baterias serão descarregadas “.
Se “nos próximos dias – disse Ferri – ele vai chegar a uma conclusão inequívoca, por exemplo, que Schiaparelli está quebrada, vamos parar de procurar. Mas se esta conclusão não for concreta, vamos continuar procurando”.
ESA pode abortar a Missão por completo?
É muito cedo para estimar as consequências de qualquer falha na segunda parte do projeto ExoMars, que está prevista para 2020. Para o ano que vem, as Agências Espaciais da Europa e Rússia planejam enviar um grande rover para Marte, com a missão de perfurar o chão de Marte por 2 metros de profundidade, com a esperança de encontrar matéria orgânica, um sinal provável de vida neste planeta, que uma idade muito próxima à da Terra.
Via LCI França
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