WhatsApp e Threads são removidos da loja de aplicativos da Apple; entenda o motivo

Nesta sexta-feira (19), a Apple tomou a decisão de retirar o WhatsApp e o Threads de sua loja de aplicativos na China, em resposta a uma solicitação das autoridades chinesas. Tal medida foi revelada pela agência Bloomberg.

A China, conhecida por sua vigilância estrita sobre a internet e os meios de comunicação, impõe regulamentações rigorosas, eliminando diariamente conteúdos que possam criticar as políticas do Estado ou provocar descontentamento entre os cidadãos.

No país asiático, os usuários enfrentam restrições significativas no acesso a sites e aplicativos estrangeiros, como Google, YouTube, X, Instagram e Facebook, sendo necessário o uso de ferramentas como redes privadas virtuais (VPNs) para contornar essas barreiras.

Remoção dos apps pela Apple

Logo da Apple iPhone
Imagem: Thanes.Op / shutterstock.com

De acordo com a Apple, a remoção dos aplicativos foi ordenada pela Administração do Ciberespaço da China (CAC) por motivos de segurança nacional. A empresa americana enfatizou sua obrigação em cumprir as leis dos países onde opera, mesmo que não concorde com elas.

O WhatsApp, aplicativo de mensagens instantâneas, e o Threads, concorrente do antigo Twitter, pertencem ao grupo americano Meta. Apesar das tentativas da AFP de obter comentários da Apple, CAC e Ministério da Indústria e Tecnologia da China, até o momento não houve resposta oficial.

Na versão chinesa da App Store, os aplicativos WhatsApp, Threads, Signal e Telegram não estão mais disponíveis para download. No entanto, esses aplicativos ainda podem ser obtidos em outras lojas de aplicativos fora do território chinês.

Relação da empresa com as autoridades chinesas

Enquanto o WhatsApp foi amplamente substituído na China pelo WeChat, que oferece serviços além de mensagens, como pagamentos e compras online, o Threads, que permite aos usuários compartilhar conteúdo multimídia, tem seu equivalente no Weibo desde 2009.

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A Apple desfruta de grande popularidade na China, um dos principais mercados externos da empresa, e historicamente evitou se posicionar sobre questões sensíveis ou ofender as autoridades chinesas, buscando manter uma relação cordial.

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