Novas baleias são descobertas no Pacífico; entenda

Uma pesquisa recente conduzida pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (Noaa), nos Estados Unidos, trouxe à luz novas informações sobre a biodiversidade marinha, revelando a existência de duas espécies de orcas no norte do Oceano Pacífico que se diferenciam significativamente da conhecida baleia-assassina (Orcinus orca). Este achado não apenas desafia o entendimento prévio sobre esses mamíferos marinhos, mas também destaca a complexidade e a diversidade da vida oceânica.

Historicamente, a suspeita da existência dessas espécies data dos anos 1860, quando o cientista Edward Drinker Cope, conhecido por seu trabalho com dinossauros, propôs sua teoria. No entanto, foi somente com as recentes análises de DNA que pesquisadores como Phil Morin foram capazes de confirmar estas espécies distintas: a Orcinus ater e a Orcinus rectipinnus, também conhecida como espécie Bigg, em homenagem ao cientista canadense Michael Bigg.

Como as novas espécies de baleias foram identificadas?

A identificação dessas novas espécies de orcas foi possível graças a avançados estudos genéticos. Os resultados, publicados na revista Royal Society Open Science, apontam para diferenças significativas que as separam não apenas entre si, mas também da tradicional baleia-assassina. A pesquisa destaca que a espécie Bigg divergiu do grupo original há cerca de 250 mil anos, enquanto a separação da espécie residente aconteceu há aproximadamente 100 mil anos.

baleias orca
Imagem: Felix Rottmann/Pexels.com

As diferenças entre as duas novas espécies de orcas e a convencional são notáveis. A orca Bigg, por exemplo, tem características físicas únicas como um crânio mais largo, mandíbula curvada e barbatanas dorsais mais largas e pontiagudas. Essas características sugerem adaptações para um estilo de vida mais voltado para a caça de grandes mamíferos marinhos, como leões-marinhos e focas.

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Impacto da Descoberta para a ciência marinha

Este estudo aprofunda o nosso entendimento sobre a diversidade biológica marinha. Barbara Taylor, bióloga do Noaa e uma das autoras do estudo, ressalta a importância destas descobertas para a conservação marinha. Com a confirmação, de espécies distintas de orcas vivendo próximas, mas sem se misturar, surge a necessidade de reconsiderar esforços de conservação e manejo desses animais.

  • Espécie Bigg (Orcinus rectipinnus): Apresenta características físicas adaptadas para a caça de mamíferos marinhos.
  • Espécie Residente (Orcinus ater): Possui uma dieta focada em peixes, diferenciando-se nos hábitos alimentares da orca Bigg.

Finalmente, os próximos passos incluem a submissão desses achados ao Comitê de Taxonomia da Sociedade de Mastozoologia Marinha para inclusão oficial na lista de espécies. A expectativa é que com ferramentas genéticas mais avançadas, o estudo das orcas, assim como de outras espécies marinhas, continue a revelar a rica biodiversidade dos nossos oceanos.

Imagem: Felix Rottmann/Pexels.com

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