Anatel testa recurso que exibe nome e motivo da ligação; saiba mais

Em uma iniciativa pioneira, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) vem desenvolvendo uma solução inovadora para o cenário de telecomunicações brasileiro. Trata-se da implementação do protocolo internacional STIR/SHAKEN, uma tecnologia que promete revolucionar a forma como recebemos chamadas telefônicas, trazendo mais segurança e transparência para os usuários.

A agência, que já vinha realizando testes em ambientes controlados, expandiu suas experimentações para a rede aberta, com o objetivo de validar a eficácia do sistema no combate ao telemarketing abusivo e à recepção de ligações falsas. O recurso traz como diferencial a identificação precisa do chamador, seja uma pessoa física ou jurídica, inclusive revelando o motivo da ligação.

Como funciona o STIR/SHAKEN da Anatel?

O STIR/SHAKEN é um conjunto de protocolos de segurança adotado em mercados internacionais, como Estados Unidos e Canadá, e agora chega ao Brasil. Sua funcionalidade é integrada ao sistema do telefone, dispensando a necessidade de aplicativos adicionais para a identificação de chamadas. Esta tecnologia utiliza métodos de criptografia e tokens para assegurar que a identidade do chamador seja comunicada ao receptor.

Fachada da Anatel
Imagem: Wirestock Creators / shutterstock.com

Gustavo Borges, superintendente de Controle de Obrigações da Anatel, destaca a adaptabilidade do protocolo às necessidades do mercado brasileiro, onde o identificador de chamadas permitirá ao usuário conhecer antecipadamente o propósito da ligação, uma inovação que promete adicionar uma nova camada de transparência nas comunicações.

Desafios e expectativas para a adoção do protocolo no Brasil

Apesar do otimismo em relação aos benefícios que o novo sistema pode trazer, Borges sinaliza que o caminho até a adoção universal do STIR/SHAKEN no país será gradual. A necessidade de ajustes nos sistemas operacionais dos smartphones, para garantir a compatibilidade com o protocolo, é um dos obstáculos que deve prolongar o processo de implantação.

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Ainda sem um cronograma definido pela Anatel para a implementação total, a expectativa é que, à medida que mais dispositivos se tornem compatíveis, uma maior parcela dos usuários poderá desfrutar da segurança e da conveniência proporcionadas pela tecnologia.

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