Ondas gravitacionais podem permitir viagem no tempo

Assim como nos filmes de ficção científica, viajar no tempo poderá acontecer na vida real. Segundo um pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), que participou do estudo sobre as ondas gravitacionais, isso poderá acontecer daqui a 100 anos.

Na verdade Einstein já considerava essa possibilidade há mais ou menos cem anos atrás, sem ter nem de perto a tecnologia que temos hoje. No último dia 11 de Fevereiro, o consórcio internacional de cientistas chamado LIGO anunciou a primeira detecção de ondas gravitacionais previstas na Teoria da Relatividade. Entre os pesquisadores, sete são brasileiros e seis estudiosos são do Inpe em São José dos Campos (SP). O anúncio foi feito em Washington, nos Estados Unidos, acompanhado simultaneamente em 15 países colaboradores.

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Segundo Einstein, a gravidade é uma força de atração que distorce o espaço e o tempo, que segundo ele, são a mesma coisa. Quando objetos com muita massa se colidem, causam uma força gravitacional tão grande que acaba formando ondas, e estas ondas se propagam pelo espaço e tempo.

“Você pode desenhar dois pontos distantes no papel, digamos milhões de anos-luz de distância um do outro, e, ao dobrar a folha, aproximá-los. Isso é fazer um atalho em outras dimensões e pular de um ponto do espaço e do tempo para o outro, como foi mostrado no filme ‘De Volta para o Futuro’”.

“Você não é destruído em nenhum momento, você viaja de um ponto para outro em um atalho em outra dimensão. Não consigo imaginar alguma coisa ainda neste século, mas de alguma forma vamos chegar lá”, explicou o professor Odylio Aguiar, um dos pesquisadores.

Com a descoberta das ondas gravitacionais, foi aberta a possibilidade de “ouvir” o universo através delas, assim podendo se tornar possível a descoberta de fenômenos antes invisíveis para os astrônomos, talvez impossíveis de se observar visualmente através das ondas eletromagnéticas, como a luz.

O som do universo parece com um coração de bebê batendo. “São frequências em ondas gravitacionais que, jogadas em um alto-falante, são possíveis de escutar. As ondas gravitacionais permitem que nós possamos ouvir o universo. Vamos conseguir ouvir coisas que a gente não consegue ver”, explicou Odylio Aguiar.

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