Ministério da Educação suspende Novo Ensino Médio; entenda polêmica

Na última quarta-feira (05), foi publicado no Diário Oficial da União a decisão do Ministério da Educação de suspender por 60 dias o Novo Ensino Médio das escolas. Assim, após uma profunda investigação pública para checar a qualidade da política nacional e maneiras de reestruturá-la, tal ação foi determinada. 

Desse modo, a medida foi tomada após uma reunião do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com o Ministro da Educação, Camilo Santana, que aconteceu no dia 4. Além disso, Santana afirma que outros temas também foram pautados da reunião, por exemplo, escolas em tempo integral e programas de alfabetização. Diante disso, a homologação já está em vigor, e o período estipulado começou a contar a partir do dia 5.

Quais os motivos?

Durante o pronunciamento, o chefe da pasta teceu críticas à forma atropelada introduzindo o novo cronograma. Nesse sentido, ele relatou que as reclamações e protestações dos setores eram algo frequente no decorrer do processo de implementação do plano nas instituições de ensino. 

Desta maneira, o ministro assegura, ainda, que a pausa é imprescindível para analisar todos os problemas do projeto. Por fim, defende que deseja deixar o espaço para o diálogo sempre aberto.

“Avaliamos que houve erro na condução da execução [da reforma]. Não houve orientação, não houve formação de professores, nem adaptação para infraestrutura das escolas. Não se faz uma mudança no ensino de uma hora para outra. Faltou diálogo e eu como governador senti isso à época.”, esclareceu Camilo.

O que diziam os governos anteriores?

Essa reforma foi aprovada durante o governo de Michel Temer (MDB), em 2017, e a princípio era apenas uma medida provisória. No entanto, com o passar do tempo, a decisão acabou sendo “arrastada” adiante.  

A proposta inicial contava com a implementação da ideia em todas as escolas do país até o ano de 2024. Em suma, as provas do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) e do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) também teriam que passar por modificações de maneira mais rápida possível, até o ano que vem.

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Imagem: Rovena Rosa / Agência Brasil

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