IA do Google para de responder perguntas eleições; entenda o motivo

A gigante das pesquisas, Google, re-orientou as diretrizes da sua plataforma de inteligência artificial (IA), o Gemini, refletindo uma nova maneira de lidar com questões relacionadas às eleições. Assim, o sistema de IA agora exercerá maior cautela ao interagir com temas eleitorais, conforme afirmado pela própria empresa.

Seguindo esta mudança, será imposto ao chatbot um conjunto de restrições quanto às respostas a contéudos e perguntas sobre as eleições previstas para 2024. Essas restrições afetam a forma como o bot interage com questões sobre eleições no mundo inteiro – abrangendo países como Estados Unidos, Brasil e Índia.

O novo comportamento da IA do Google nas Eleições 2024

Essencialmente, uma nova atualização da IA Gemini implica em encaminhar os usuários para a ferramenta de busca do Google quando questionados sobre determinados temas. Isso já está sendo observado na prática, inclusive para questões em português. A mudança visa melhorar a experiência do usuário ao fornecer resultados mais precisos e abrangentes aproveirando os dados do Google.

google gemini IA do Google
Imagem: Divulgação / Google Gemini

O chatbot agora evita fornecer opiniões sobre qual candidato possui maior probabilidade de vitória numa eleição – especialmente no caso daquelas para as quais as pesquisas de intenção de voto ainda não foram divulgadas. A IA se limita a responder: “Eu ainda estou aprendendo sobre como responder a essa pergunta. Enquanto isso, tente o Buscador do Google”.

Diretrizes para lidar com desinformação eleitoral

Nos próximos meses, espera-se que Gemini adote estratégias próprias para combater a desinformação eleitoral. No Brasil, por exemplo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já proibiu o uso de deepfakes para as eleições municipais de 2024. Adicionalmente, o TSE demanda que qualquer imagem ou vídeo gerado por IA seja claramente identificado como tal.

Veja também:

Saiba todas as informações sobre o Rock in Rio 2024

As recentes mudanças ocorrem em meio a críticas internas à plataforma Gemini. Sundar Pichai, CEO da Google, expressou insatisfação com a abundância de erros na versão atual do chatbot. O cofundador da Google, Sergey Brin, também manifestou descontentamento, desaprovando o lançamento acelerado da plataforma.

Imagem: Divulgação / Google Gemini

Relacionadas