Conheça os pesquisadores brasileiros que ajudaram a encontrar as ondas gravitacionais de Einstein

A equipe do Ligo, projeto que encontrou provas das ondas gravitacionais previstas pelo físico alemão Albert Einstein, contou com centenas de colaboradores, entre eles sete brasileiros, sendo que seis deles são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), de São José dos Campos, sob a coordenação de Odylio Denys de Aguiar. Cinco dos colaboradores brasileiros terão seus nomes registrados no artigo principal, que apresenta as descobertas ao mundo.

Os brasileiros participantes do projeto são Odylio Denys de Aguiar, Marcio Constâncio Júnior, César Augusto Costa, Allan Douglas dos Santos Silva, Elvis Camilo Ferreira e Marcos André Okada, todos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e Riccardo Sturani, pesquisador do Instituto de Física Teórica da Universidade Estadual Paulista (IFT-Unesp).

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“Essa primeira observação das ondas gravitacionais abre uma nova janela de observação do Universo e marca o início de uma nova era na pesquisa em Astronomia e Astrofísica”, avaliou César Augusto Costa, pesquisador do Inpe.

O grupo brasileiro de pesquisadores do Inpe, liderado por Aguiar, trabalha no aperfeiçoamento da instrumentação de isolamento vibracional do LIGO, que opera com espelhos resfriados, e na caracterização dos detectores, buscando determinar fontes de ruído.

Devido a fraqueza com que as ondas gravitacionais chegam à Terra, é necessário isolar completamente o equipamento, não apenas das ondas sísmicas e da expansão e contração da Terra pelo calor, como também de eventos naturais da Terra como uma árvore caindo na floresta ao lado do observatório ou as ondas do mar batendo nas rochas a centenas de quilômetros de distância.

Já o grupo do IFT-Unesp, dirigido por Sturani, trabalha na modelagem e análise dos dados de sinais de sistemas estelares binários que estão se fundindo em uma estrela única.

A modelagem é importante porque as ondas gravitacionais têm interação muito fraca com toda a matéria, tornando necessários, além de detectores de alto desempenho, técnicas de análises eficazes e uma modelagem teórica precisa dos sinais, de forma a separá-los dos demais sinais captados pelos instrumentos.

A colaboração entre os projetos LIGO e VIRGO reúne mais de mil cientistas de mais de 90 universidades e instituições de pesquisa de 16 países.

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