Afinal, antidepressivos podem prejudicar a sua vida sexual?

A depressão tem sido intitulada por muitos como a doença do século. Isso porque os índices de ocorrência da doença tem aumentado cada vez mais, assim como a ansiedade. Dessa forma, o tratamento desses transtornos, por vezes, contempla o uso de medicamentos antidepressivos.

O grande problema do uso desses medicamentosos, de acordo com uma significativa parcela de pacientes, é que eles afetam o desejo sexual de quem os toma. Nesse contexto, muitos acreditam que a redução da libido possa ser, também, um efeito colateral dos remédios.

Foi pensando nisso que a Optclean decidiu preparar aqui neste artigo algumas informações sobre o uso de antidepressivos associados à queda do desejo sexual em alguns pacientes. Portanto, continue lendo para conferir mais detalhes.

Antidepressivos e a vida sexual: existe relação?

Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) afirma que, de maneira geral, os efeitos colaterais variam entre cada paciente. Entretanto, alguns antidepressivos podem, de fato, afetar o desejo sexual das pessoas.

Imagem de medicamentos antidepressivos
Imagem: Nastya Dulhiier / unsplash.com

Isso ocorre porque a composição desses medicamentos interfere nos neurotransmissores responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar. Pois, a maioria desses remédios é inibidora seletiva de recaptação de serotonina (ISRS).

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Portanto, eles provocam um aumento na serotonina no cérebro e geram uma espécie efeito rebote sobre a diminuição da dopamina, o neurotransmissor responsável por recepcionar o desejo e à excitação no organismo.

Mulheres geralmente são as que mais se queixam

Apesar de ser um efeito que pode recair sobre todos, as queixas mais frequentes vem de mulheres que relatam uma queda na lubrificação vaginal, perda do desejo ou interesse em fazer sexo e até mesmo dificuldade para chegar ao orgasmo. No público masculino, o problema mais relatado é o retardo enfrentado na ejaculação.

Entretanto, independentemente desses efeitos, as consequências não devem ser utilizadas como referência ou desculpa para interromper o tratamento. Pois, a depressão provoca impactos na qualidade de vida e até mesmo na vida sexual.

Imagem: Nastya Dulhiier/ unsplash.com

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